Flávio Bolsonaro tenta explicar o escândalo que envolve seu nome, mas acaba dando um "tiro no pé".

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 Em entrevista a um Jornal da TV Record, o senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ)  tentou trazer transparência ao caso do  escândalo Queiroz. No entanto, sua defesa acabou se tornando um "tiro no pé". A retórica do parlamentar não o ajudou a elucidar o escândalo. 


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    Se a repórter fosse de qualquer outra canal de comunicação, poderia desacreditar de sua capacidade enquanto jornalista. Todavia, por se tratar de uma repórter da Record, faz todo o sentido as perguntas  insignificantes que foram elaboradas para Flávio Bolsonaro. "Você acha que a atuação da Coaf é uma tentativa de um terceiro turno das eleições? Uma tentativa de prejudicar o governo de seu pai?"; "Teve quebra de sigilo da sua conta?"; "Você acha que seu ex-assessor já deveria ter prestado depoimento?". Essas foram as perguntas elaboradas pela repórter para explicar o escândalo. Não perguntou nada sobre os depósitos. Parecia que tudo foi ensaiado para fugirem do teor das acusações e se concentrarem numa tentativa de deslegitimar as atuações do técnicos do Conselho de Controle de Atividades Financeiras  (Coaf) e do próprio Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ).

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     Flávio Bolsonaro não falou nada sobre o conteúdo das acusações. Não explicou as movimentações atípicas de seu ex-assessor, Fabrício Queiroz. Não elucidou os R$ 96 mil que recebeu em sua conta bancária, em cinco dias, por meio de 48 depósitos de R$ 2 mil. A estratégia de Flávio Bolsonaro foi tentar tirar a credibilidade do Coaf e do MP/RJ.  Para ele, seu sigilo bancário foi quebrado ilegalmente pelo Coaf. Contudo, decisões do Superior Tribunal de Justiça (STJ) autorizam que o Coaf possa repassar informações bancárias ao Ministério Público sem necessidade de autorização judicial para quebra de sigilo.
     O MP negou que Flávio Bolsonaro fosse investigado e que tenha havido quebra de sigilo do senador eleito por ter se baseado em norma do Conselho Nacional do Ministério Público, que autoriza pedidos de relatórios de inteligência do Coaf. No entanto, alega que isso não impede que o senador eleito ainda possa se tornar alvo da investigação. Para o MP, as investigações de movimentações financeiras atípicas podem virar procedimentos cíveis para investigar improbidade administrativa.

Por Julysson Charles

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