Por que temer ao homeschooling (Educação domiciliar)?




     O homeschooling (Educação domiciliar) é uma prática educacional muito discutida atualmente no Brasil. O tema tem se tornado polêmico e, assim, gerado muita confusão. Mas, afinal, por que tanto temor pelo homeschooling?
     O homeschooling  trata-se de uma prática de Educação que acontece em casa, e não na escola. Isso mesmo! O homeschooling propõe ao aluno poder estudar todo o ensino básico em seu próprio lar, sem ter que ir à escola.  
      Quando falamos em Educação domiciliar existem vários modelos, entre os principais estão os pais assumirem a tutoria dos estudos do seus filhos, ou mesmo os grupos de pais se unirem para ambos ensinarem aos filhos, sendo que os componentes curriculares são divididos entre os pais. Há o modelo também em que os pais contratam professores particulares para ensinarem seus filhos em casa.  
     O tema não é novo. A regulamentação do homeschooling já existe em projetos desde 2001. No entanto, o homeschooling tem ganhado grande repercussão no Brasil por dois motivos: 1) o Governo Jair Bolsonaro colocou o tema como uma das medidas  prioritárias dos 100 primeiros dias de gestão; e 2) o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos editou uma medida provisória (MP) com uma proposta para regulamentar o homeschooling.
     É bom esclarecer que a regulamentação do homeschooling não causará a extinção das escolas. A proposta não é tornar o homeschooling obrigatório, mas sim regulamentar uma prática educacional já existente.  A Associação Nacional de Educação Domiciliar (Aned) estima que cerca de 5 mil famílias são adeptas ao homeschooling.
    Tanto é que a discussão do ensino domiciliar não é mais pauta do Ministério de Educação, isto é, não trata mais de uma politica educacional, mas sim de um direito da família (da família que quer ser adepta ao homeschooling).
     Não há o que temer ao homeschooling. Os pais não serão obrigados a serem os professores de seus filhos. A proposta vai ao encontro daquelas famílias que estão cansadas de verem seus filhos sofrendo bullying e assédio moral nas escolas; dos pais que querem fazer de seus lares um ambiente escolar, proporcionando maior segurança para seus filhos, das famílias que estão insatisfeitas com o atual modelo escolar e acreditam que em casa as crianças e adolescentes poderão obter melhores resultados do que nas escolas que têm se tornando ineficientes por falta de uma boa gestão escolar.

Por Julysson Charles       

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