O jogo da política é algo interessante de se observar. No paralelo entre a polarização situação e oposição, cada sujeito procura ocupar seus espaços no jogo. Situação sendo situação e oposição sempre será oposição.
Antes de fazer meus questionamentos, gostaria que você, amigo leitor, acompanhasse comigo o seguinte raciocínio:
✔️A Prefeitura entrega ambulância e carros novos para a Saúde do município. Não prestigiam o evento nem parabenizaram a gestão pela conquista.
✔️Investe-se pesado em estudantes cientistas que são credenciados para Feiras de Ciências no RN, em outros estados do Brasil e até fora do País. Mas não dizem: "Muito bem, prefeito! Esse é o caminho. Continue investindo nos nossos estudantes!".
✔️Um contrato de mais de R$ 240 mil foi celebrado entre a Prefeitura e uma cooperativa, permitindo que pequenas famílias agricultoras e pescadores artesanais possam fornecer alimentos saudáveis para a merenda escolar do município. Participaram do evento na Câmara? Não! Nem comemoraram esse beneficio para a agricultura familiar.
✔️A Prefeitura, através da Secretaria de Esporte, realiza Jogos Escolares, envolvendo os estudantes em competições esportivas. Foi um evento que mobilizou a cidade. Sim! Mais uma vez, não estiveram lá nem elogiaram o secretário de Esporte.
✔️Os estudantes do IFRN e universitários porto-manguenses recebem uma "bolsa" de incentivo da Prefeitura. Os primeiros recebem uma "bolsa " no valor de R$ 150,00 e os universitários no valor de R$ 300,00. "Mas para quê parabenizar o prefeito?", perguntam por aí. Mas quando o pneu de um ônibus fura: "A culpa é da gestão".
Diante do que foi exposto (e muito mais poderia ser relatado), meus questionamentos são simples (ou talvez não): Se eu não consigo me alegrar com os benefícios que uma gestão proporciona para a população, mas prefiro somente apontar "falhas" e "defeitos", estaria eu lutando pelo povo ou apenas querendo me utilizar do pretexto de "justiceiro" para jogar o jogo da política de interesses próprios? Estão querendo realmente lutar pelo "povo" ou apenas se aproveitar das fragilidades um governo (qual é o governo que não defeitos?), em pleno ano eleitoral, para jogar no grupo do "quanto pior, melhor"?
Não me espanto (também não se espante, amigo leitor), pois há aqueles que após essa reflexão irão dizer: "Não tem quem parabenizar gestor, não. É obrigação do gestor fazer pelo povo". Agora, se o gestor falha: "Esse gestor não presta. Não se interessa pelo povo", dizem. Mas, se ele acerta é apenas obrigação dele. Não vejo nada anormal nesse posicionamento político. É, simplesmente, oposição sendo oposição.
Por Julysson Charles
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