FABRÍCIO QUEIROZ, EX-ASSESSOR DE FLÁVIO BOLSONARO, É PRESO EM SÃO PAULO



 As investigações sobre o suposto esquema de "rachadinha" que envolve o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos/RJ) ganha mais um novo capítulo na manhã de hoje (18). Uma ação conjunta entre os Ministérios Públicos do Rio de Janeiro (MP/RJ) e de São Paulo (MP/SP) deflagrou a operação Anjo, que resultou na prisão de Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro. 
A prisão aconteceu hoje (18) pela manhã no município de Atibaia-SP. Queiroz foi conduzido para o Palácio da Polícia, em São Paulo, e logo em seguida foi transferido para a Cadeia pública José Frederico Marques, em Benfica no Rio.
 Trata-se de uma prisão preventiva que foi decretada pelo juiz Flávio Itabaiana Nicolau, da 27ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio. O delegado Osvaldo Nico Gonçalves, que esteve na operação, afirma que se comportou tranquilamente quando os policiais chegaram na casa em que ele estava sozinho e não reagiu à prisão: "A reação dele [Queiroz] foi tranquila, não esboçou reação. Só falou que estava um pouco doente", declarou o delegado. Fabrício Queiroz enfrenta um problema com câncer.
 A operação Anjo cumpre ainda outras medidas autorizadas pela Justiça relacionadas ao inquérito, que investiga suposto esquema de "rachadinha" no gabinete de Flávio Bolsonaro, que à época era deputado federal pelo estado do Rio de Janeiro. Nessa "rachadinha", os servidores da ALERJ devolviam parte de seus salários para Flávio Bolsonaro, que exerceu mandato de 2003 a 2019. 
 Através de sua conta no Twitter, Flávio Bolsonaro declarou que tem encarado com "tranquilidade" a prisão de Queiroz. Para o senador, isso é apenas uma forma de atacar Bolsonaro: "Mais uma peça foi movimentada no tabuleiro para atacar Bolsonaro. Em 16 anos como deputado no Rio nunca houve uma vírgula contra mim. Bastou o presidente Bolsonaro se eleger para mudar tudo! O jogo é bruto!", destacou Flávio Bolsonaro.



Jair Bolsonaro ainda não se pronunciou sobre o caso. O presidente do Brasil sempre costuma parar na portaria do Palácio da Alvorada para falar com apoiadores e, às vezes, com a imprensa. Porém, hoje pela manhã, ele agiu de maneira incomum, ignorando apoiadores e decidindo não conversar seus seguidores.

Opinião BRC

 Esquema de "rachadinha" já é praxe nas esferas da política nacional, estadual e municipal. Essa prática não é de agora. Por longos anos, (quem está dentro da política sabe), sabe-se que é costumeiro servidores públicos ou prestadores de serviço da administração pública, repassarem parte de suas remunerações para lideranças políticas. Fulano é vereador e indica seu filho para um cargo de secretário na Prefeitura. O filho, que agora é secretário, recebe R$ 3.500,00. ele terá que passar R$ 1.000,00 para seu pai que o indicou. Isso é só uma exemplificação de como acontece as famosas "rachadinhas". Um exemplo que se repete nos mais recônditos do Brasil. Embora seja comum entre parlamentares e demais políticos, nem sempre é tão fácil investigar e punir os criminosos, pois, muitas vezes, essa transferência de valores acontece de forma "legal". Voltando à operação Anjo, é interessante analisar a declaração de Flávio Bolsonaro no Twitter. Para o senador, isso é mais uma tentativa de atingir o presidente Jair Bolsonaro. Impressiona-me essa obsessão da família Bolsonaro, pensar que tudo conspira contra seus familiares, tendo como alvo principal, o cabeça do clã, Jair Bolsonaro. Flávio Bolsonaro. Não podemos nos esquecer da atitude de Jair Bolsonaro, que diferente do que costuma fazer cotidianamente, desprezou seu apoiadores na porta do Palácio da Alvorada e decidiu não conversar com eles. O silêncio, por incrível que pareça, diz muito.

Por Redação BRC Notícias.
Foto: Reprodução.

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