O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) esteve ontem (26) no Estado do Ceará para inaugurar um trecho da transposição do Rio São Francisco, cumprindo sua função como Chefe do Poder Executivo do Brasil. Desse fato, surgiu uma disputa de cabo de guerra para saber quem deve receber os méritos, se Lula ou Bolsonaro. Sinto muito informar a alguns, mas a transposição não é obra de um único homem.
Todo cidadão brasileiro bem informado sabe que quem idealizou a transposição do Rio São Francisco não foi Lula nem Bolsonaro. Você já ouviu falar em José Raimundo de Passos Barbosa? Pois é, ele foi o 1º ouvidor de Crato (CE) e já havia idealizado a transposição, mesmo antes da Independência do Brasil, em 1818, durante o reinado de Dom João VI. Sua ideia era levar as águas de São Francisco para Jaguaribe.
No século XIX, Marcos Antonio de Macedo criou o primeiro projeto da transposição, que mostrava a possibilidade de um canal do São Francisco para levar água até o Riacho dos Porcos e ao Rio Salagado e da lá ao Jaguaribe. O mapa topográfico de Crato foi impresso no Rio de Janeiro em 1843.
Então, só franco em dizer que essas discussões partidárias, passionais e bobas sobre a paternidade da obra em nada agrega. Quem não sabe que houve 11 tentativas para realizar a tranposição e que suas obras tiveram início no governo Lula, depois passaram por Dilma Roussef, por Michel Temer e, agora, por Bolsonaro.
Até mesmo o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso destinou, no ano de 1996, R$ 500 milhões para realizar o projeto da transposição. Porém, em 2001 abandonou o projeto.
A verdade é que a transposição do Rio São Francisco não é obra de um único homem. Devemos considerar toda a trajetória desse projeto e reconhecer que todos tiveram suas contribuições para a concretização da transposição.
Então, quando você, amigo leitor, presenciar outra discussão tola sobre o autor da obra, lembre-se: não é de Lula nem de Bolsonaro, mas sim do povo.
Até mesmo o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso destinou, no ano de 1996, R$ 500 milhões para realizar o projeto da transposição. Porém, em 2001 abandonou o projeto.
A verdade é que a transposição do Rio São Francisco não é obra de um único homem. Devemos considerar toda a trajetória desse projeto e reconhecer que todos tiveram suas contribuições para a concretização da transposição.
Então, quando você, amigo leitor, presenciar outra discussão tola sobre o autor da obra, lembre-se: não é de Lula nem de Bolsonaro, mas sim do povo.
Por Julysson Charles
Foto: Reprodução
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