PROFESSORA É INVESTIGADA POR MOSTRAR QUE A BÍBLIA DEFINE A HOMOSSEXUALIDADE COMO PECADO

A professora de biologia Lourdes Rumanelly está sendo investigada por dizer que homossexualidade é pecado. (Foto: Reprodução/Instagram)



 A professora de biologia no estado da Paraíba, Lourdes Rumanelly, é alvo de um inquérito instaurado, nesta última terça-feira (14), após denúncia feita à Comissão da Diversidade Sexual e de Gênero da OAB-PB, simplesmente por mostrar que a Bíblia Sagrada revela a homossexualidade como pecado.
 Em uma live realizada no Instagram no início de julho deste ano, a professora, que também é teóloga, apresentou teóricos cristãos que definem a homossexualidade como "desvio", "perversão", "imoralidade", "pecado". Lourdes ainda utilizou textos bíblicos como o de Romanos 1.25-17: “Trocaram a verdade de Deus pela mentira [...] por causa disso Deus os entregou a paixões vergonhosas. Até suas mulheres trocaram suas relações sexuais naturais por outras, contrárias à natureza. Da mesma forma, os homens também abandonaram as relações naturais com as mulheres e se inflamaram de paixão uns pelos outros [...]”.
 Lourdes Rumanelly é bióloga e teóloga, atuando como professora em escolas de João Pessoa, na Paraíba. Ela vinha discutindo questões biológicas sob a ótica cristã em uma série de lives, quando falou sobre a homossexualidade.
 Em nota, Lourdes Rumanelly lembrou que tem 13 anos de magistério e que nos vídeos vinha abordando um diálogo entre religião e ciência, com o objetivo de mostrar que ambos dialogam entre si. Ela diz que seu intuito era “expor o que as ciências naturais dizem acerca da constituição do sexo do indivíduo, endossando o que a Bíblia também relata sobre o tema” e destacou que não tinha a intenção de desrespeitar “os membros da comunidade LGBTQI+”.
 O advogado que registrou o boletim de ocorrência na Polícia Civil, José Baptista de Melo Neto, que preside a Comissão da Diversidade Sexual e de Gênero da OAB-PB, argumenta que as palavras da professora podem ser consideradas crime, citando a decisão do Supremo Tribunal Federal de igualar o crime de homofobia ao de racismo.

Por Redação BRC Notícias.
Foto: Reprodução.

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