A QUEBRA DA "MALDIÇÃO DO VICE"

 

Francisco Faustino: eleito vice-prefeito e
hoje prefeito interino de Porto o Mangue.

 Por longos anos, a política de Porto do Mangue sofre com o que denominaram de "Maldição do Vice". Calma, amigo leitor! Eu te explico o que é isso. 

 Desde os tempos do saudoso ex-prefeito Zé Domingos até os dias atuais, historicamente falando, os políticos porto-manguenses que assumiam a cadeira de vice-prefeito morriam politicamente. O cidadão tinha sucesso em sua carreira política, porém bastava assumir o posto de vice-prefeito que entrava em estado de decadência política. Temos grandes exemplos disso em Porto do Mangue como Mauro Marcelino e Chaguinha. 

 Que fique bem esclarecido que não estou dizendo que essas figuras políticas não deixaram seus legados em Porto do Mangue. Estou tentando transmitir que eles estiveram em um auge na política, porém depois que assumiram a posição de vice-prefeito, perderam força política. Daí, surgir a expressão "Maldição do Vice".

 Por quê isso acontecia? Bom esse pode ser assunto para outra Opinião! Mas, o fato é que no imaginário da política local, assumir o cargo de vice era assinar o atestado de óbito político. Inclusive, esse "tabu" permeou a cabeça de algumas lideranças, quando houve cogitações de quem seria o vice-prefeito de Sael Melo para a a disputa da reeleição no ano passado. Lembro-me bem que teve liderança que decidiu não entra neste pleito com medo da "Maldição do Vice", ou seja, de morrer politicamente. 

 No entanto, em Porto do Mangue existe um cabra arrochado que disse: "eu topo!"; "o coco é seco, mas eu vou pra cima desse troço!". Lembro-me como se fosse hoje do momento em que perguntei à Francisco Faustino: O senhor não tem medo da "Maldição do Vice?". Apesar de mostrar para ele a história do fracasso e a decadência política dos vices em Porto do Mangue, Faustino me respondeu com aquele sorriso de humildade: "Tenho não, varão! Se eu chegar lá, eu vou fazer a diferença!". 

 A verdade é que em pouco tempo, Faustino não conseguiu mostrar que iria (ou não) fazer a diferença como vice-prefeito. Isso porque teve o chamado de Deus para assumir prematuramente o maior cargo político de Porto do Mangue: tornou-se prefeito para verdadeiramente nos fazer acreditar que maldições e "tabus" podem e devem ser quebrados. 

 Acredito piamente que nas próximas Eleições Municipais não haverá mais aquele receio, medo, tormento, de ser vive-prefeito! Pelo contrário, em um pós-Faustino, os políticos porto-manguenses sentem-se motivados para  assumir tal cargo. Isso porque a "Maldição do Vice" foi quebrada.


Por Julysson Charles

Foto: Reprodução.

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